Saúde Mental no Trabalho: o custo silencioso das empresas
- Joana Castro Pereira

- 6 de out.
- 2 min de leitura
Por Joana Castro Pereira
Em 2022, a Ordem dos Psicólogos alertou: o stress e os problemas de saúde psicológica custaram 5,3 mil milhões de euros às empresas portuguesas.
O que não aparece nas contas é o custo humano: ideias que nunca chegam a ser ditas, talento que se apaga em silêncio, equipas que trabalham sem alma. Esse desgaste invisível decide, todos os dias, se uma empresa cresce ou fica para trás.
E a escala do problema é global. A OMS estima que depressão e ansiedade retirem à economia mundial mais de 1 trilião de dólares por ano em produtividade perdida. Um número difícil de imaginar. Mas ainda mais difícil é calcular o impacto da criatividade que se perde, da motivação que se esgota e da confiança que se quebra dentro das organizações.
Os números são duros. E, ainda assim, não contam toda a história.

O custo que não cabe nos relatórios
As empresas registam vendas, margens e indicadores.
O que raramente medem é o desgaste silencioso das suas pessoas.
Esse é o fator que decide a produtividade, a inovação e a capacidade de atrair e reter talento. E, no entanto, continua fora dos dashboards financeiros.
Três formas de lidar com o tema
Hoje vejo três tipos de organizações:
As que só reagem quando a crise já explodiu.
As que avançam por obrigação - pressão social, legal ou reputacional.
E as que investem por convicção, porque sabem que cuidar da saúde mental é cuidar da sustentabilidade, da inovação e da performance.
A diferença é clara:
As primeiras chegam tarde.
As segundas fazem o mínimo.
As últimas ganham vantagem competitiva.
Reagir ou liderar?
O que está em jogo é bem mais do que bem-estar. É cultura, inovação e futuro.
E, cada vez mais, a questão central deixou de ser se investir em saúde mental traz retorno.
A verdadeira questão é: qual o preço que as empresas estão dispostas a pagar por adiar este investimento?
O desafio dos próximos anos
Equipas exaustas. Líderes sob pressão. Organizações a pedir transformação.
O futuro vai distinguir quem escolhe enfrentar esta realidade com coragem daqueles que adiam decisões.
Porque, no fim, o verdadeiro capital das empresas não é financeiro, é humano.
E quem cuidar dele hoje vai liderar o amanhã.
Joana Castro Pereira é psicóloga e coach certificada, com mais de 20 anos de experiência no universo empresarial. Especialista em integrar a dimensão humana à estratégia de negócio, fundou a PEPPERMINT em 2019, uma empresa comprometida com a transformação empresarial, com serviços de consultoria, coaching e suporte à gestão em áreas chave como recursos humanos e comunicação. Por acreditar que a verdadeira mudança começa em cada indivíduo, dedica-se a criar impacto significativo na vida das pessoas e no sucesso das empresas.







A saúde mental no ambiente de trabalho é um tema cada vez mais relevante, pois o bem-estar emocional impacta diretamente na produtividade e na motivação das equipes. Muitas empresas ainda subestimam o custo silencioso do estresse e da ansiedade entre seus colaboradores. Acredito que iniciativas de apoio psicológico e programas de bem-estar podem fazer grande diferença. Utilizar ferramentas como heartbiit pt pode ajudar na criação de um ambiente mais saudável e equilibrado. Investir na saúde mental é investir no sucesso e na sustentabilidade das organizações a longo prazo.