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Saúde Mental no Trabalho: o custo silencioso das empresas

Por Joana Castro Pereira



Em 2022, a Ordem dos Psicólogos alertou: o stress e os problemas de saúde psicológica custaram 5,3 mil milhões de euros às empresas portuguesas.


O que não aparece nas contas é o custo humano: ideias que nunca chegam a ser ditas, talento que se apaga em silêncio, equipas que trabalham sem alma. Esse desgaste invisível decide, todos os dias, se uma empresa cresce ou fica para trás.


E a escala do problema é global. A OMS estima que depressão e ansiedade retirem à economia mundial mais de 1 trilião de dólares por ano em produtividade perdida. Um número difícil de imaginar. Mas ainda mais difícil é calcular o impacto da criatividade que se perde, da motivação que se esgota e da confiança que se quebra dentro das organizações.


Os números são duros. E, ainda assim, não contam toda a história.

Dia Mundial da Saúde Mental
Saúde Mental
O custo que não cabe nos relatórios

As empresas registam vendas, margens e indicadores.

O que raramente medem é o desgaste silencioso das suas pessoas.


Esse é o fator que decide a produtividade, a inovação e a capacidade de atrair e reter talento. E, no entanto, continua fora dos dashboards financeiros.



Três formas de lidar com o tema

Hoje vejo três tipos de organizações:

  • As que só reagem quando a crise já explodiu.

  • As que avançam por obrigação - pressão social, legal ou reputacional.

  • E as que investem por convicção, porque sabem que cuidar da saúde mental é cuidar da sustentabilidade, da inovação e da performance.


A diferença é clara:

As primeiras chegam tarde.

As segundas fazem o mínimo.

As últimas ganham vantagem competitiva.



Reagir ou liderar?

O que está em jogo é bem mais do que bem-estar. É cultura, inovação e futuro.

E, cada vez mais, a questão central deixou de ser se investir em saúde mental traz retorno.


A verdadeira questão é: qual o preço que as empresas estão dispostas a pagar por adiar este investimento?



O desafio dos próximos anos

Equipas exaustas. Líderes sob pressão. Organizações a pedir transformação.

O futuro vai distinguir quem escolhe enfrentar esta realidade com coragem daqueles que adiam decisões.


Porque, no fim, o verdadeiro capital das empresas não é financeiro, é humano.

E quem cuidar dele hoje vai liderar o amanhã.




Joana Castro Pereira é psicóloga e coach certificada, com mais de 20 anos de experiência no universo empresarial. Especialista em integrar a dimensão humana à estratégia de negócio, fundou a PEPPERMINT em 2019, uma empresa comprometida com a transformação empresarial, com serviços de consultoria, coaching e suporte à gestão em áreas chave como recursos humanos e comunicação. Por acreditar que a verdadeira mudança começa em cada indivíduo, dedica-se a criar impacto significativo na vida das pessoas e no sucesso das empresas.

1 comentário


Nutri Plan
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31 de out.

A saúde mental no ambiente de trabalho é um tema cada vez mais relevante, pois o bem-estar emocional impacta diretamente na produtividade e na motivação das equipes. Muitas empresas ainda subestimam o custo silencioso do estresse e da ansiedade entre seus colaboradores. Acredito que iniciativas de apoio psicológico e programas de bem-estar podem fazer grande diferença. Utilizar ferramentas como heartbiit pt pode ajudar na criação de um ambiente mais saudável e equilibrado. Investir na saúde mental é investir no sucesso e na sustentabilidade das organizações a longo prazo.

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